domingo, 26 de setembro de 2010

Tão só :$



Chove…
O tempo está escuro, o vento sopra silenciosamente, mas com intensidade... Provoca pequenos assobios, como 
se  disse-se, involuntariamente, o meu nome! Caiem gotas frias e troveja violentamente, como de o céu estivesse 
revoltado, chateado, com uma ira descomunal… Os ramos das arvores movem-se, balanceiam-se consoante o 
sopro do vento. As folhas, molhadas da chuva, pingam gotas grandes de agua, que salpicam no pequeno lago 
provocado… 
Aí, estou eu sentada, molhada, abandonada, na companhia do mau tempo, da revolta dos céus, sentindo cada 
pequena gota de chuva na cara. Pequenas lágrimas caem-me dos olhos, confundem-se com gotas de chuva. 
Chove violentamente, e eu paralisada na saudade de não te ter. Espero ansiosamente, por algo possível e 
impossível de acontecer, anseio morrer…
Talvez morrer afogada, nestas lágrimas derramadas!

Daniela Santos

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Simplesmente porquê (...)



Como custa…
Certas palavras,
Frias e curtas
Que revelam a verdade,
Verdades duras de se ouvir!

Foste tu,
Que as disses-te,
Sem piedade,
Sem dor…
Sinceras?
Mas sem qualquer pudor…
Não guardando rancor,
Pois é simplesmente a verdade!

Perdi a inspiração,
Qualquer pensamento é dos teus lábios a dizê-los…
Choro ao pensá-los e ao escreve-los…

E penso…
Porque tu?
Porque agora?
Porque eu?
Porque?
Que fiz?

Simples porquês de uma duvida insistente,
Deste momento,
Que torna-se cada vez mais deprimente!

Daniela Santos

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cansaço e sonho (...)



Que posso dizer?
Afirmar ou pensar?
Objectivos vagos,
Forças esgotadas…
Sentimentos difundidos numa razão vazia,
Sem fundamento,
Sem final antecipado!!!

Agir,
Sem pensar não quero…

Ajuda-me!!!!
Leva-me para mais alem do ser,
Do mundo,
Dos sonhos…
Deixa-me entrara nessa nuvem mágica,
Em que sonhar é realidade
E sofrer faz parte dos sonhos dos mais cruéis…

“Acorda!”
Gritam vozes dentro de mim…
Para que acordar deste sonho insaciável?
Quando acordada, sonhar não existe?
Quando somos interpretados como ignorantes,
Porque queremos viver com passos simples…

Daniela Santos

domingo, 12 de setembro de 2010

Ínvisivel :$

Caminho.
Aproximo-me da tua casa, chove e pequenas gotas de chuva caem sobre mim.
Vejo-te.
Estás ali perto da janela como se nada se passa-se. Atento no teu livro, no teu mundo, no teu momento.
Um raio de luz sai da tua janela, ilumina-me metade da cara, mostrando o tremer de frio, mostrando a ansiedade de ser vista!
Um carro passa, e a tua concentração centra-se no exterior da janela.
Olhas e não vês nada, pois o raio de luz enfraquece devido a uma falta de luz provocada pela chuva, não sendo suficientemente intensa para me iluminar.
Eu, entristeço e dou um passo atrás enquanto uma lágrima cai e mistura-se com a agua da chuva…
Não sabes quem sou,
Não sabes nem sequer se existo,
Mas melancolicamente,
Distraidamente,
Inconscientemente,
Eu cada vez mais me apaixono por ti…

DanielaSantos