Chove…
O tempo está escuro, o vento sopra silenciosamente, mas com intensidade... Provoca pequenos assobios, como
se disse-se, involuntariamente, o meu nome! Caiem gotas frias e troveja violentamente, como de o céu estivesse
revoltado, chateado, com uma ira descomunal… Os ramos das arvores movem-se, balanceiam-se consoante o
sopro do vento. As folhas, molhadas da chuva, pingam gotas grandes de agua, que salpicam no pequeno lago
provocado…
Aí, estou eu sentada, molhada, abandonada, na companhia do mau tempo, da revolta dos céus, sentindo cada
pequena gota de chuva na cara. Pequenas lágrimas caem-me dos olhos, confundem-se com gotas de chuva.
Chove violentamente, e eu paralisada na saudade de não te ter. Espero ansiosamente, por algo possível e
impossível de acontecer, anseio morrer…
Talvez morrer afogada, nestas lágrimas derramadas!
Daniela Santos